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The Sadgirl
[Friday, September 30, 2005]
Biscoito da sorte virtual (rsrs)
(mas muito útil a mensagem,rs)
Nenhum problema é tão formidável a
ponto de ser impossível de abandoná-lo.
dedicado por Sarah Helena * 5:21 PM
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Tribos de Gaia
para começar este post, fica o link de uma página realmente ótima sobre paganismo, porque lá, pessoas diferentes colocam suas visões pessoais dos caminhos delas. Tem sido muito legal acompanhar a página, pelo site e pela comunidade do orkut. Agora que finalmente consertei o meu id do yahoo, pretendo entrar na lista também...
O Orkut tem sido ótimo para mim nessa minha retomada do meu caminho. Porque me coloca em contato com uma pancada de gente realmente ótima, que faz bem para mim. é boa a sensação de que não se está sozinha, que pelo contrário, as coisas que sente fazem parte de algo muito maior, mesmo sendo únicas.
Quando comparo o dia de hoje com o início do blog, e o início do blog anterior, o Buscas original, fico boba com as mudanças. Eu era muito diferente na minha visão do caminho. Eu tinha 17 anos e o orgulho que só alguém no fim da adolescência consegue ter. Tinha uma auto consciência invejável, e nenhum auto controle. Minha disciplina se resumia a fazer meus exercícios de meditação regularmente e cumprir todas as obrigações rituais que me auto impunha. Mas meu Cd de Mantras eu perdi na minha própria sala e nunca mais achei, e eu nunca fui capaz de manter um registro decente no meu livro das sombras. Aliás, eu ainda não terminei de passar o material sobre as runas lá. (quantas vezes comecei a fazer isso?)
Naquela época eu acreditava totalmente em auto iniciação (hoje tenho ressalvas), e me achava a bruxa da cocada preta. O que foi muito bom, porque me deu um ânimo imenso e no meio dos tropeços aprendi muito. Meu altar hoje em dia pode ser mais prático, mas é muito menos bonito... e eu era eficiente, isso era. Fazia feitiços para mim (poucos) e para os outros. E funcionava. Lia o tarô, e tinha insights incríveis. Eu lia a sorte nas nuvens as vezes. E conseguia contato muito mais regular com todos que me guiam. Ai eu cai de cabeça no mundo que tentam nos fazer acreditar que é o real. Passei por uma provação, sim. Mas fui muito tonta e não entendi o sentido dela. Perdi minha auto confiança.
Não foi difícil decidir voltar. Nunca me afastei do caminho, só andei a passos de tartaruga. Como boa libriana que sou, acabei me alimentando de companhia: fui indo meio barco só indo na correnteza. Agora, estou içando velas: consigo ir mais adiante e com mais força, porque recuperei a auto estima, e entendi uma coisa ou duas daquilo que a Senhora colocou no meu caminho.
Sou uma bruxa. E isso nada no mundo pode mudar.
Passei um bom tempo odiando aquilo que já fui um dia. Mas agora estou em outra fase: não nego meus erros, mas começo a perceber que eles foram necessários para eu chegar onde estou hoje, para tentar acertar. Faz parte da minha história, não vale a pena ficar me xingando e pensando como fui burra. Me sinto feliz em ver como tem ficado o atual rumo das coisas. Mudar faz bem pra gente...
dedicado por Sarah Helena * 5:05 PM
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[Friday, September 16, 2005]
Hoje minha sogra leu o Tarot para mim. Fazia muito tempo que ninguém fazia isso; valeu pelo puxão de orelha, pelas esperanças, por tantas resoluções. Compreendi o que significa uma carta que sempre caia e eu não sabia o que dizia. Fiz desejos. Tomei consciência.
O Tarot é uma coisa genial. Cartas repletas de símbolos, veículos para resolver dúvidas, e, principalmente, para aconselhar. Bom saber que se pode contar com as artes divinatórias. Tomei café. Café é bom.
Quase tão bom o café da minha sogra quanto seu jeito de ler as cartas...
dedicado por Sarah Helena * 7:53 PM
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[Wednesday, September 14, 2005]
Jorge da Capadócia
Jorge Benjor
Jorge sentou praça
na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também
sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas
e as armas de Jorge.
Para que meus inimigos tenham pés
e não me alcancem.
Para que meus inimigos tenham mãos
e não me toquem.
Para que meus inimigos tenham olhos
e não me vejam.
E nem mesmo um pensamento eles possam ter
para me fazerem mal
Armas de fogo
meu corpo não alcançarão
Facas e espadas se quebrem
sem o meu corpo tocar.
Cordas e correntes arrebentem
sem o meu corpo amarrar.
Pois eu estou vestido com as roupas
e as armas de Jorge
Jorge é de Capadócia
Salve jorge!
Salve jorge!
Jorge é de Capadócia
Salve jorge!
Salve jorge!
dedicado por Sarah Helena * 2:21 AM
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[Sunday, September 11, 2005]
Feliz e infelizmente, as coisas tem começo, meio e fim. Porque se não houvesse fim, o mundo ficaria sobrecarregado, e nada novo poderia nascer.
Nunca gostei dessa lição. Gosto das cidades tombadas pelo patrimônio histórico, pela sensação de eternidade. Mas mesmo assim, lá vem o Katrina, e New Orleans, a cidade histórica americana que eu mais desejava conhecer, é varrida pela água. Virou memória.
Quando era criança, uma das minhas respostas sobre o que seria quando crescesse era Alquimista. Porque eu daria o Elixir da Longa Vida para todo mundo, e ninguém mais envelheceria e morreria. Até minha avó morrer, e eu decidir que não valeria viver eternamente sem ela. Foi meu primeiro flerte com a morte, sem saber. Quando desisti da imortalidade, desejei o reencontro que viria através do meu próprio fim. Mas isso também não era o certo: vi tantos fins que desejei o meu de todo modo. Mas o desejo não é o que se deve sentir em relação aos fins.
O fim de algo deve ser tratado com aceitação. O fim de uma fase da vida, de uma viagem, de um objeto, de uma amizade, não deveria ser algo horrível. Mas de tanto lutar para evitar o fim, as pessoas o tornam nefasto.
Sinto isso na pele. Minha vida passou por muitas mudanças nos últimos quatro anos. Eu cresci muito. Não sou outra pessoa, não mudei de personalidade, como alguns desejam acreditar. Mas amadureci, me tornei “adulta” seja o que for que isso signifique. E as amizades que antes estavam presentes, não puderam aceitar o fim de uma fase minha e o início de outra. E por não poderem aceitar, brigaram, feriram, me negaram. Fingiram que todos os anos que dediquei a eles se apagassem.
Não sou uma alma avançada e luminosa, sou só uma mulher muito falha que encontrou abrigo nas sombras da Senhora, e que se sente confortável seguindo essa trilha. Então, permiti que isso me magoasse muito. Consigo enxergar o motivo, os traumas que eles refletiram em mim, a dificuldade em me aceitar grávida, com um companheiro. Mas não muda o quanto me machuca, a raiva e a tristeza que sinto.
Mas sou muito mais Perséfone e Hécate, sempre. Sou da sombra, sou aquela que andou no limiar, e conheceu a morte a ponto de se apaixonar. Aceitar o fim das coisas faz parte daquilo que vim aprender, porque é parte da minha alma. Então, devagar, vou levando adiante essa consicência: para surgir coisa nova, o velho tem que ficar para trás.
O Rei está morto; Longa vida ao Rei.
Tenho novos amigos, novas vivências, novas visões. Aqueles que não mudaram comigo, seguiram seu próprio caminho. E eu, fico livre para seguir o meu, sem prestar contas ou sentir medos. Angústias, sim.
Mas não se pode deter o curso do tempo. Ou você deixa as coisas partirem, ou vem um Katrina derrubar as coisas por você.
dedicado por Sarah Helena * 11:02 PM
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Repouso
Basta o profundo ser
em que a rosa descansa.
Inúteis o perfume
e a cor: apenas signos
de uma presença oculta
inútil mesmo a forma
claro espelho da essência
inútil mesmo a rosa.
Basta o ser. O escuro
mistério vivo, poço
em que a lâmpada é pura
e humilde o esplendor
das mais cálidas flores.
Na rosa basta o ser:
nele tudo descansa.
Orides Fontela
dedicado por Sarah Helena * 2:34 AM
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[Tuesday, September 06, 2005]
Conheci Santa Sarah Kali pelo Zeca, o mais maravilhoso homem que alguém poderia desejar como chefe. Ou talvez não. Mas amei ele da primeira vez que o vi, e desejei que ele fosse da família. Acho que o afastamento da EMIA me trouxe como maior tristeza não poder mais ver sempre o Zeca e o Dudu...
Mas foi ele, que quase por acaso, apareceu no dia dela lá no Pig me dando os parabéns. "Parabéns pelo dia da sua santa."
Eu sentei na frente do computador na hora do almoço, e vasculhei tudo que pude sobre santa Sarah Kali. As histórias variam: já ouvi que ela foi parteira de Jesus Cristo, mas normalmente ela é a serva de Maria Madalena. Estavam elas e mais uns santos em uma cidade, e foram largados no mar para morrer de fome e sede. Sarah pediu a intercessão de Cristo, e por suas magias, foram salvos, chegando na cidade de Saintes-Maries-de-La-Mer onde seus ossos descansam hoje.
Ao que parece, ela era cigana, por isso é padroeira deles. Mas de repente, tinha uma Sarah muito mais agradável para mim, do que a hierática Sarah mãe dos judeus. Amei Santa Sarah Kali desde então. Hoje, olhando diferentes tarots, encontrei um cigano, onde a Papisa é representada por ela. Achei genial. Fui olhar o que lembrava dela, joguei seu nome no Google. E imagine minha surpresa, que descobri que o dia dela é 24 de maio. Dia em que o André nasceu. E ainda mais interessante, ela é aquela a que as ciganas recorrem quando querem ter filhos...
Pois é. Meu men ino nasceu sob uma boa estrela... e a definitiva proteção de Sarah, a Negra.
dedicado por Sarah Helena * 4:57 PM
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