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The Sadgirl
[Thursday, June 16, 2005]
Certas bobagens do dia a dia nos atingem feito raios. Faz tempo que parei de fumar. Fez um ano sem que eu percebesse, agora já é quase um ano e meio. Continuo me sentindo fumante, trago o ar como se fosse fumaça, e certos assuntos me fazem procurar um maço inexistente. Como a conversa de hoje pelo ICQ, sobre tempo e distância.
Sabe como é, cigarro é coisa de gente solitária.
Estamos falando de tempo e distância. Lembrei da época em que eu conseguia pegar as mensagens do mundo para mim até nas manchetes do jornal (como é bom ter 16 anos e a certeza de que sabe o que faz), e eu tinha um livro, Longe é um lugar que não existe.
O cara viaja nos pensamentos dos pássaros, e eles ensinam coisas para ele.
e ele começa a ter essa sacada: se vc gosta de alguém, ela já não está perto de você? Se alguém já existia antes de nascer, então o que significa a idade?
Quando li pela primeira vez, era criança ainda, e fez muito sentido. Quando li pela sei lá, milionésima vez, aos 16, me senti como o próprio cara do livro.
Até criei uma personagem com o nome da menina do livro. Rae.
Engraçado como as vezes o passado parece mais perto do que ontem, e alguém que está perto parece tão longe.
Não consegui ainda falar com todo o povo da faculdade sobre o nascimento do André. E eles estão aquido lado. Mas meus amigos da internet, mesmo morando longe, sabem os detalhes da minha escolha.
E fiquei um pouco triste também, porque meinha turma de séculos não é capaz de entender essas escolhas. e por bobagens falam de mim pelas costas.
Engraçado como distância é relativo. Ciúmes e raiva podem deixar alguém que já foi tão próximo alguém tão distante.
Ao mesmo tempo, a necessidade nos faz próximos.
Como são estranhos os caminhos da Deusa...
dedicado por Sarah Helena * 2:19 AM
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[Wednesday, June 15, 2005]
retomando o blog... depois de tanto tempo... foi mal pelas letras de tamanho bizarro no outro post, mas o blog se voltou contra mim.
Mas retomo o blog depois de tanta coisa. Fiz um post para por no orkut, sobre o nascimento do André. Lá, falei sobre muitas coisas, mas não falei tanto quanto gostaria da experiência religiosa que é ter um filho fora do esquema convencional. Podendo sentir o poder através de mim, podendo ter a intensidade de ser atuante no meu parto, não mero objeto nas mãos de médicos.
Compreendi porque tantas mulheres dizem não conseguir lembrar da dor do parto. Elas tentam racionalizar algo que não pode ser visto de modo racional, porque lida com o sub consciente, com o transe, com o irracional, e isso não é ruim.
Tive uma percepção louca dos caminhos que trilhei até hoje, sobre essa sombra sempre ao meu lado, sobre o que a Senhora a quem me dediquei espera de mim.
Vou voltar para o blog de novo. Quem sabe desta vez consigo continuar.
dedicado por Sarah Helena * 2:08 AM
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