Perfil

Nome: The Sadgirl, mas aqui pode chamar de Filhote de Lua
Idade: 23
Signos: cão ascendente cão, libra ascendente touro
Música: The secret of Roan Inish (toda a trilha sonora)
Uma Verdade: Tudo Acontece da Melhor Forma
Uma certeza: Minha Fé e meu Amor



Outros Caminhos


A sorveira e o carvalho
em Canto: poiésis & pensamento
Dança do Tempo
Zoe Tarot
Correndo com lobos



Trilhas na teia



Tribos de Gaia

Roda de Hécate

Florbela Espanca

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Outros jeitos de dizer o que sou
















Já passaram por aqui hits.


101 coisas em 1001 dias
101 coisas
1001 dias

as tarefas

A Casa

1- Organizar a cozinha
2- Refazer meu mural magnético
3- Manter o quarto arrumado por duas semanas inteiras
4- Organizar as imagens do computador
5- Montar um caderno de receitas
6- Plantar alguma coisa na calçada de casa
7- Tornar o jardim habitável
8- Plantar ervas de cheiro em um vaso na janela da cozinha
9- Fazer brownie de chocolate

Koshari

10- Fazer uma lista com 30 coisas que o Koshari gosta
11- Fazer ele curtir, no mínimo, uma coisa dessa lista por semana até o fim da lista.
12- Tirar um filme inteirinho de 36 poses com fotos só eu e o Koshari

Beija Flor

13- Levar o Beija Flor conhecer a Tataravô
14- fazer o scrapbook digital do Beija Flor
15- Fazer apliques para todas as roupas do Beija Flor que precisam de reforma

Fé

16- Entalhar uma imagem de Hecate
17- Fazer uma teia de sonhos
18- Conseguir um baralho de tarot novo
19- Voltar a estudar o tarot
20- Montar meu altar definitivo
21- Cumprir um ciclo de rituais sazonais

Minhas mãos se movem

22- Fazer um teatro de fantoches
23- Construir um Dragão ou Leão para o Ano Novo Chinês
24- Organizar e mandar o projeto do Pêssegos (o livro) para o FAC
25- Colocar a máquina de costura para funcionar
26- Fazer um bicho de pano pro Beija Flor
27- Fazer um bicho de pano pra mim
28- Fazer bonecas comercialmente
29- Pintar 5 telas
30- Fazer uma cortina de tsurus

Meus pés se movem

31- Ir a pelo menos 2 eventos orientais esse ano
32- Visitar o Trianon
33- Visitar o Solo Sagrado
34- Ir no Hopi Hari
35- Fazer uma trilha
36- Visitar uma praia fora do Estado de SP
37- Voltar em Parati
38- Viajar de trem

Minha mente se move

39- Alugar três filmes dramáticos/românticos e assistir, mesmo que só eu queira vê-los.
40- Assistir um show do Cordel do Fogo Encantado
41- Ouvir música por 24 Hrs seguidas
42- Ler as Crônicas de Nárnia

Meu corpo se move

43- Fazer mechas azuis no cabelo
44- Fazer duas tatuagens
45- Colocar um varador na orelha
46- Passar uma semana com o cabelo preso toda vez que eu sair
47- Fazer um segundo óculos bem transado
48- Sair de noite pra dançar
49- Ir a uma rave

Minha memória se move

50- Reencontrar alguém da faculdade e beber cerveja
51- Beber cerveja com o Andrezão pelo menos uma vez por ano.
52- Ir a uma reunião de diretório do Partido
53- Fazer as pazes com alguém
54- Enviar 25 cartas pelo correio

Fazeres

55- Fazer uma festa Anos 80
56- Fazer um jantar japonês
57- Fazer um jantar para os amigos
58- Fazer um pic nic

Brincares

59- Juntar 100 bolinhas de borracha de máquina
60- Brincar de amarelinha
61- Montar e por para funcionar o Ferrorama
62- Montar um quebra cabeças de mil peças
63- Montar um quebra cabeças de 5 mil peças
64- Andar de Montanha Russa
65- Fechar o Fatal Frame 2

Conheceres

66- Aprender a tocar baixo
67- Fazer um curso de canto
68- Começar a estudar japonês
69- Aprender a bordar

Cuidados

70- Ficar uma semana a base de alimentos naturais
71- Ir ao ortopedista
72- Ir ao otorrino e descobrir se minha audição está 100% ou não

Ordenações

73- Fazer uma agenda de telefones
74- Fazer um diário por três meses (mínimo de 5 escritos por semana)
75- Enviar cartões de natal, todo ano até terminar o projeto
76- Escovar todos os meus bichos de pelúcia
77- Fotografar e catalogar todos os bichos de pelúcia da casa
78- Começar o Mestrado
79- Cumprir 20 propostas do Livro da Tribo

Conexões

80- Escrever posts com qualidade literária mínima para cada tarefa realizada
81- Atualizar o Buscas uma vez por semana (mínimo) por dois meses
82- Preparar e postar no blog uma lista de 50 livros que valem a pena
83- Preparar uma lista com 30 músicas da MPB que podem ser consideradas pagãs, e publicar junto com as letras
84- Montar e deixar on line a página sobre Bichos de Pelúcia
85- Criar um site para vender as bonecas artesanais

Aquisições

86- Comprar 5 livros novos
87- Comprar os CDs do Cordel
88- Comprar uma rede
89- Comprar ou ganhar um jogo de Tafl
90- Comprar 2 itens na loja virtual do Projeto Tamar
91- Comprar um kimono
92- Mandar fazer um uniforme de Star Trek
93- Assinar a revista Vida Simples

Eu e o mundo

94- Montar uma árvore genealógica o mais longa que eu conseguir
95- Ajudar de 5 jeitos o S.O.S. Gatinhos
96- Contar histórias para crianças em pelo menos um evento
97- Doar sangue voluntariamente
98- Participar do museu da pessoa
99- Tirar a carteira de motorista
100- Fazer um quadro de presente para a Casa de Parto

E para poeticamente chegar a um final...

101- Fazer um barquinho de papel e soltar ele no meio fio em um dia chuvoso




Layout por:

The Sadgirl

[Friday, December 10, 2004]

As Leis do Lobo

Respeite os mais velhos

Ensine os jovens

Coopere com o grupo

Divirta-se quando puder

Cace quando precisar

Descanse nos intervalos

Reparta suas afeições

Manifeste seu sentimentos

Deixe sua marca


A Paciência e a esperteza do lobo vai muito além de identificar vítimas fáceis. Eles observam e gravam vários traços e hábitos minúsculos da personalidade de sua presa. Não importa o tamanho do inimigo. O lobo morde e se afasta! Repete e repete....Ele procura uma vitória a longo prazo, e não um sucesso imediato. É a observação, a simplicidade de propósito, o trabalho em equipe, a curiosidade, a atenção nos detalhes e a inabalável paciência que fazem o sucesso do lobo.



Unidade com individualidade. Não há som mais misterioso, triste, aterrorizador e bonito do que a estranha sinfonia de lobos uivando à noite.Campistas e caçadores que já ouviram esse coro se sentiram maravilhados, mas também imobilizados pelo pavor. E na realidade, geralmente não há mais que cinco a oito lobos uivando juntos. O interessante é que esse respeito pela individualidade somente enfatiza a verdadeira unidade do grupo. Cada lobo tem sua própria voz e cada um respeita a voz de seu companheiro. Quando os lobos uivam juntos, todas as barreiras são rompidas, como se dissessem: "Somos únicos, mas somos um todo; então não se meta conosco ".



Curiosidade : O mundo é uma fonte de admiração para os lobos. Eles não consideram nada já conhecido; em vez disso preferem investigar tudo pessoalmente. Cada descoberta proporciona encantamento e surpresa. Os lobos são tão curiosos com relação ao ambiente em que vivem que não importa o quanto precisem caçar (eles estão entre os caçadores mais incansáveis),masnão podemos deixar de pensar que eles caçam (trabalho) para viver (diversão, confraternização). Essas são as prioridades deles.


A atitude dos lobos pode ser resumida com facilidade. É uma visualização constante do sucesso. A sabedoria coletiva dos lobos tem sido progressivamente programada em sua estrutura genética através dos séculos. Lobos tem uma técnica aprimorada de focalizar suas energias em direção às atividades que os conduzirão à consecução de seus objetivos. Os lobos não vagueiam sem destino ao redor de suas vitimas potenciais, para lá e para cá. Eles tem um plano estratégico e o executam mediante comunicação. Quando chega o momento da verdade, cada um entende seu papel e exatamente o que o grupo espera dele.



Fracasso: Uma caçada mal sucedida somente aperfeiçoa as habilidades e reaviva o desejo. Os erros cometidos não são vistos como falhas, e tornam-se parte da base de conhecimento coletivo dos lobos. É como introduzir dados na memória de um computador - o conhecimento sempre estará lá para o futuro.Aquilo que os homens decidem considerar fracasso, os lobos convertem em sabedoria. Muitas pessoas vêem uma simples "caçada frustrada" como símbolo de seu fracasso na vida. Aprendemos do lobo, que simplesmente é hora de ir caçar novamente. O fracasso é uma atitude, não uma realidade. O fracasso é a percepção; o sucesso, uma ilusão.


Comunicação: Muitos ouviram dizer que os olhos dos lobos brilham no escuro, poucos porém percebem que seus olhos são usados para as comunicações mais delicadas. Movimentos minúsculos de sua musculatura ocular, bem como mudanças no tamanho das pupilas, expressam surpresa, medo, alegria, reconhecimento e outras emoções. O contato direto dos olhos na forma de um olhar fixo pode ser intimidante e interpretado como ameaça pelo lobo. Quando deseja mostrar amizade e franqueza, um lobo pode baixar ou desviar o olhar.Sua linguagem corporal é transparente e sincera.



Estratégia: Muitos caçadores, fotógrafos e outros que tiveram a sorte de testemunhar uma caçada real de lobos perderam a fala quando o destino tomou seu caminho.Alguns momentos antes, os lobos pareciam seguir despreocupadamente o rebanho, como haviam feito nos dias precedentes. De repente, os aparentemente letárgicos lobos entraram em ação como um time coordenado, possante e objetivo, sendo que cada lobo conhecia o plano estratégico e a parte que deveria cumprir. Uma estratégia é tentar entender que posição você ocupa no mundo. Não onde gostaria de estar ou esperava estar, mas onde está.



Diversão: Os lobos compreendem que a diversão não é somente um subproduto da vida, e sim uma razão para viver. A paixão do lobo pela brincadeira jamais acaba, não importa qual seja sua idade. Embora tenham amadurecido, a diversão continua tão importante em suas vidas como sempre foi. Na correria e nos ambientes restritos de hoje, muitas pessoas pensam que a diversão é uma coisa supérflua em suas vidas - uma atividade que não podem mais manter.



Texto fundamentado no livro "A sabedoria dos lobos" de Twyman L.
Towery



dedicado por Sarah Helena * 1:16 AM
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Pergunta feita a Krishnamurti em Madras em 7/12/1947

A organização se torna mais importante que a busca da realidade

Pergunta: Você foi anunciado pela Sociedade Teosófica como sendo o Messias e o Instrutor do Mundo. Por que você saiu da Sociedade Teosófica e renunciou ao papel de Messias?

Krishnamurti: Vamos examinar a questão das Organizações. Existe uma história bem engraçada que conta que o diabo e um amigo estavam passeando quando viram, a sua frente, um homem abaixar-se e pegar algo brilhante do chão. Ele olhou para aquilo com deleite, colocou-o no bolso e continuou caminhando.

O amigo perguntou: "O que aquele homem achou que o transformou tanto?" O diabo respondeu: "Eu sei, ele encontrou a verdade." "Por Deus!"- exclamou seu amigo: "Isto deve ser um mau negócio para você!". "De jeito nenhum"- o diabo respondeu com um sorriso malicioso: "Vou ajudá-lo a organizá-la, a institucionalizá-la, você vai ver só!"

Pode a verdade ser organizada? Você pode encontrar a verdade através de uma organização institucional? Para encontrar a verdade, você não deve ir além e acima de todas as organizações mundanas?

Afinal de contas, por que todas as organizações espirituais existem? Elas estão baseadas em diferentes crenças, não? Você acredita em uma coisa e o outro acredita nisso também e em volta dessa crença vocês formam uma organização, uma associação.E qual é o resultado?

Crenças e organizações estão sempre separando as pessoas, excluindo umas das outras; você é um hindu e eu sou um mulçumano, você é um cristão e eu sou um budista. Crenças, ao longo de toda História, atuaram como uma barreira entre os seres humanos, e qualquer organização, baseada em crença, deve inevitavelmente produzir guerra entre os seres humanos; e isso tem acontecido vezes sem conta. Nós falamos de fraternidade, mas se você tem uma crença diferente da minha, estou pronto para cortar sua cabeça; nós temos visto isso acontecer inúmeras vezes.

As organizações são necessárias? Você entende que não estou falando das organizações formadas para conveniência mútua dos seres humanos na sua existência cotidiana, como Correios, etc. Estou falando das organizações psicológicas e das chamadas organizações espirituais.

Elas são necessárias?

Elas existem na suposição que irão ajudar o ser humano a encontrar a verdade, ou Deus, ou seja lá o que você queira. Elas são um meio de propaganda, para converter o outro, para aumentar o número de adeptos, etc; você quer falar para os outros o que você pensa, ou o que você aprendeu, o que parece ser verdadeiro para você. E a verdade pode ser propagada? O que é verdade para alguém, quando propagado, certamente deixa de ser verdade para o outro. Não?

Certamente, a realidade, Deus ou seja lá o nome que você der a isso, não é para ser propagado.


Cada um deve experimentar por si mesmo e essa experiência não pode ser organizada; no momento que é organizada, propagada, ela cessa de ser verdade, ela se torna uma mentira, portanto, um impedimento à realidade, porque, afinal de contas, o real, o imensurável, não pode ser formulado, não pode ser colocado em palavras, o desconhecido não pode ser medido pelo conhecido, pela palavra, e quando você o mede, ele cessa de ser verdade, deixa de ser real e, portanto, é uma mentira - e somente uma mentira é que pode ser propagada.

E organizações, que supostamente estão baseadas na busca da verdade, fundadas para a busca do real, tornam-se instrumentos dos propagandistas, e assim elas deixam de ter qualquer significado; não apenas a organização que está em questão, mas todas as organizações espirituais, elas se tornam meios de exploração.

Elas adquirem propriedades e a propriedade se torna tremendamente importante; passam a procurar mais membros e começa todo aquele negócio; as pessoas não vão encontrar a verdade porque a organização se torna mais importante que a busca da realidade. E nenhuma verdade pode ser encontrada através de qualquer organização porque a verdade vem quando existe liberdade, e liberdade não pode existir quando existe crença, pois crença é apenas o desejo de segurança, e a pessoa que está presa na sua necessidade de segurança nunca pode descobrir a verdade.

Agora, a respeito do papel de messias, é muito simples. Eu nunca neguei isso e não penso que tenha grande importância se eu neguei ou não. O que é importante para você é se o que eu digo é verdade. Assim, não se prenda ao rótulo, não dê importância ao nome. Se eu sou o instrutor do mundo ou messias, ou qualquer outro, é certamente sem importância.

Se o nome se tornou importante, então você vai deixar escapar a verdade do que estou dizendo, porque você irá julgar pelo rótulo, e o rótulo é inconsistente. Alguém vai dizer que eu sou o messias, e outro vai dizer que não sou, e onde você fica? Fica na mesma confusão e na mesma miséria, no mesmo conflito.

Assim, certamente a questão tem muito pouco significado. Sinto muito desperdiçar seu tempo com essa questão. Se eu sou ou não o messias é de muito pouca importância. Mas o que é importante, se você é realmente sério, é descobrir se o que digo é verdade, e você só pode descobrir se o que eu digo é verdade, examinando-o, e estando agora atento ao que estou dizendo e descobrindo se o que estou dizendo pode ter efeito na sua vida diária.

O que estou dizendo não é tão difícil de entender. O intelectual irá achar muito difícil porque sua mente está distorcida, e o devoto também irá achar extremamente difícil, mas a pessoa que está realmente procurando irá entender por causa da sua simplicidade.

E o que estou dizendo não pode ser posto em poucas palavras e não vou tentar dizê-lo em poucas palavras. As várias palestras que eu tenho dado e minhas respostas às perguntas irão revelar isso, se você está interessado no que estou dizendo.



dedicado por Sarah Helena * 1:12 AM
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[Tuesday, November 30, 2004]

Nada nos torna tão próximos da morte quanto novas vidas. Queria ter vindo falar sobre novas vidas e assim, tão rápido, venho falar sobre a morte. Não consigo compreender certas coisas. Mas apesar de tudo, aprendi a ter fé.

Não podemos lutar contra o carma. De algum modo, algo deve acontecer do jeito que os Deuses querem, não como nós queremos que aconteça. E nada mudará isso. Mas de repente, a gente sente uma dor tão funda, que é como se tudo fosse vazio, e nada vai tirar esse buraco negro ("buchi neri qüe enguole tutto, tutto!") de nós. E leva tanto tempo para que você possa voltar a caminhar e você possa deixar de desejar a morte.



Mas eu sempre acabo me lembrando de uma coisa que eu li. Logo que pirei de dor e comecei a ler obsessivamente sobre budismo, na época que o Anderson morreu. Mas então, eu não prestei atenção. Só muito depois é que lembrei disso (uma lembrança com a intensidade de uma tijolada).

De acordo com o hinduismo (de onde surge o budismo), a alma tem diversos estágios até encontrar a totalidade. Certos sábios estão em um estágio tão avançado, que precisam apenas de uma breve imersão na carne para poder continuar sua caminhada. Eles precisam encarnar, mas não precisa ser muito, seria desnecessário. Então, algumas de nós são abençoadas com a dádiva de fazer esse favor a essas grandes almas. Então nós sentimos vida dentro de nós, e essa chama breve se apaga. Ou temos filhos, e estes morrem ao nascer. A dor é tão grande que a gente não está dando a mínima para o que quer que seja. Mas nós tivemos o dom de alimentar uma alma sagrada com nosso amor. E isso não é pouca coisa...

Que Devi possa nos acalentar e sussurrar nos nossos ouvidos o belo destino de nossas crianças.



dedicado por Sarah Helena * 2:01 AM
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[Saturday, November 20, 2004]

Esse texto eu comecei a escrever ano passado, mexi nele algumas vezes, e não consigo lembrar se postei ou não no antigo Buscas. Vale reler, fiz umas alterações... e para quem não frequentava o antigo blog... boa viagem






Eu tenho trabalhado como professora já há algum tempo. E, para minha decepção, a conversa favorita na sala dos professores, nos corredores, onde se descansa e toma café, não é a novidade da ciência, ou a poesia que leu, seu pintor predileto. É, pura e simplesmente, uma conversa sobre cor de cabelo e gordura.

A maioria das professsoras perde seu tempo discutindo tinturas e regimes. Hoje, ouvi uma delas comentando assim: “tomei laxante todo dia nas férias, as vezes duas vezes por dia, porque decidi que ia, de qualquer jeito, emagrecer”. E a outra respondendo sobre as vantagens disso como método de emagrecimento.

Olhei para o meu corpo, e senti um desgosto tão grande, por minha pequenez, minhas coxas grossas, a amplidão do meu corpo. Como se amplidão fosse uma palavra feia. Como se meu corpo fosse algo vergonhoso e ruim, porque embora eu não seja um exemplo de atitudes saudáveis, eu jamais agrediria meu corpo para diminuir os números que surgem na balança.

Como posso dizer para minhas alunas terem orgulho daquilo que são quando suas professoras passam o tempo todo renegando suas identidades e corpos? Tingindo o cabelo de loiro, alisando o cabelo, cobrindo a pele com maquiagem pesada em plena uma hora da tarde, quando nada disso seria necessário? Lutando desnecessariamente contra o peso, tentando forçar um biótipo que é irreal, que não tem serventia alguma para a mulher.

Crescemos aprendendo a nos odiar. Somos feias, sujas, gordas demais, magras demais. Nossos dentes nunca estão certos. Nossas mãos são grandes ou pequenas demais. Nossos pés são grandes, temos dedos feios, nossa pele é esquisita, nossos pelos são nojentos, feios, asquerosos, uma falta de recato e pudor.

Não nos vestimos bem, não fazemos aquilo que se espera de “uma boa menina, uma menina comportada”.

E nos odiamos. Passamos a vida nos odiando, temendo que os outros nos achem tão horripilantes assim.

Mas não deveria ser assim. Quando olho para meu corpo, para os sessenta quilos de carne, gordura, ossos e pele, para meu tamanho que acho tão pequeno, e me acho feia, preciso lembrar também de tudo de bom que esse corpo me proporcionou. A sensibilidade da minha pele, a maciez dos meus seios, a força de meu sexo, e o prazer que meu corpo me proporciona. Tenho duas pernas, dois braços, cinco dedos em cada mão e pé. Não enxergo direito, nem ouço direito, mas vejo o suficiente para apreciar um quadro e escuto o suficiente para ouvir boa música. Será que eu preciso realmente de mais? Será que eu preciso ter um corpo escultural e ser uma atleta? Sou resistente à dor, tenho uma tatuagem, posso ficar mais de 24 sem comer e sem sentir fome (graças, aliás, às reservas de energia de meu corpo, que eu não teria se fosse magra). Sou como um vaso que contém muitas coisas, e minha proximidade com a terra me torna parte dela, como dizem as mulheres tehuana, do México.

E se eu fosse alta e magra, seria como uma árvore que nos leva a todos em direção ao céu, e meu corpo esguio teria a agilidade do rio que corre entre as pedras. Não saberia falar sobre ser alta e magra, na verdade, porque minha personalidade reflete aquilo que eu sou. Quando penso em ser alta e magra, penso em Thaís e Luana. Elas são duas moças magras, com ossos que, quando envolvo seus pulsos com minha mão, sinto que poderia quebrar. Elas muitas vezes foram desdenhadas por serem como são. Mas existe uma força de vôo nelas, quando se movem, ou dançam. Elas são diferentes de mim, e não são mais ou menos belas por isso.

Sempre que iniciamos um caminho, em primeiro lugar devemos aceitar a nós mesmas. Olhe para seu corpo. Seja ele como for, é uma manifestação do sagrado. Uma pessoa próxima, que convive com alunos surdos e cegos, me contou uma coisa interessante. Conversando com um surdo, ele dizia como era feliz por ser surdo, e tinha pena do amigo cego, obrigado a viver na escuridão. E o cego, contava como era feliz por ser cego, porque se fosse surdo enlouqueceria por não poder ouvir o mundo a sua volta.

Temos que pensar, cada vez que nos fazemos bonitas, se estamos nos arrumando para nós, para nossa satisfação pessoal, ou se não estamos tentando nos adaptar a um padrão de beleza imposto pelos homens, um padrão que satisfaz a eles, mas não a nós. Quando você se preocupa com “o que os outros vão pensar”, isso não ser belo. Belo é se entregar, ao feminino mais selvagem que há em você, aceitando, acalentando, uma imagem sua, de algo que te faz bem, de um corpo que te serve. Serve não no sentido de ser serviçal, mas no sentido de ser “o seu número”.

Um grande erro que percebo em certas doutrinas espiritualistas ao extremo, é renegar o corpo físico como algo menor, menos importante. Mas nosso corpo faz parte de nós tanto quanto nossa alma. É através dele que nos colocamos para o mundo, que modificamos as coisas, que tomamos atitudes que podem nos levar adiante. Usamos nossa voz e nosso corpo para adotar posturas e emitir sons que nos levem a estados de consciência alterados, que nos levem em direção à Divindade ou às coisas transcendentes. Orar, meditar, praticar posturas de yoga, ajoelhar-se sob uma árvore ou mergulhar em um rio, são atitudes que guiam nosso espírito, mas que não poderiam ser feitas sem nosso corpo.

A Terra não é um vale de lágrimas a que estamos aprisionados. É um jardim de sensações. Se temos uma alma imortal, ela não está no corpo como se atada a um castigo, mas está aqui para aprender, e, embora muitos tentem negar, para se divertir e ter prazer. Sinta as texturas de sua roupa, por um segundo. Toque a tela do computador. Ou as páginas de um livro, enquanto seus olhos se perdem em observar as pequenas marcas que formam as letras. Escute o ambiente a sua volta. Seu corpo, seja ele como for, te trás possibilidades infinitas de aprendizado. É interessante notar que Sidarta Gautama, o Buda, não atingiu a iluminação quando se mortificou e jejuou, mas quando, após experimentar a fome, comeu um prato de doce e se sentou sob uma figueira para descansar, observando a sua volta. E o Cristo fez água se tornar vinho, como seu primeiro milagre. E também o Deus Quetzalcoatl, para poder criar a humanidade, precisou ele mesmo se tornar um homem de carne e osso, e aprender a morrer, e sentir todos os desejos humanos. Se não conseguirmos nos aliar, compreender e amar nossos corpos, nunca conseguiremos dar atenção a outros assuntos.

Não se pode aprender antes de matar a fome.

E o corpo tem fome de vida. Não devemos pensar nos que os outros pensam dos nossos corpos. Não é pecado ter amor próprio, pelo contrário. Se nosso corpo é a morada dos Deuses, nada mais justo do que amar esses corpos, respeitando-o, e aceitando-o como aquilo que é.



dedicado por Sarah Helena * 1:52 AM
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[Friday, November 19, 2004]

Eu não sei de quem é o crédito desse texto. Não é difícil perceber que é uma tradução. Fala sobre flocos de neve e perus em novembro, mas acima de tudo, acho que ele serve não só para pais pagãos, mas para pais com noção.

E mais ainda, para pagãos em geral.

É muito fácil ser um "wicca de final de semana". Se vestir de preto e usar um pentagrama do tamanho de uma calota de fusca, que te protege dos maus espíritos e das balas no peito. É muito fácil se dizer de alguma ordem iniciática desconhecida ou de um ramo da magia que não tem história nem objetivos além da busca por poder. É um tal de neguinho ser pagão e não saber o que significa reciclagem, de ir para um ritual e levar refrigerante para o momento de compartilhar a comida...

Mas ser pagão é uma opção de vida. Aliás, qualquer religião ou filosofia de vida inclue você viver isso com intensidade, nos pequenos detalhes.

Não adianta abraçar árvores, eu preciso planta-las.

Quantas vezes a gente não se pega indo pelo caminho mais fácil mesmo não sendo o certo a fazer? Milhares de vezes. É legal a gente ler esse texto. Dar uma refletida. Pensar em como a gente pode fazer pequenas coisas que tem verdadeira ligação com acreditar. Magia é isso.

Mas depois eu posto mais


dedicado por Sarah Helena * 1:52 AM
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[Thursday, November 18, 2004]

93 idéias para Pais Pagãos


· Recicle
· Entre no parque
· Pule para dentro de poças
· Aprenda algumas constelações
· Aprenda os nomes de vegetação local
· Seja voluntario
· Observe as nuvens
· Plante um jardim
· Asse pão
· Deixe oferendas
· Tenha o altar para as crianças
· Fale com as Árvores
· Dance
· Toque tambor
· Brinque
· Cante
· Arrume para Noel chegar no Solstício
· Arrume pro Coelho chegar em Ostara
· Escute suas crianças
· Chore
· Vá acampar
· Adote um peru durante novembro
· Adote uma margem de estrada
· Faça pilhas de pedra
· Nade nos lagos e rios
· Ria
· Pise e grite
· Leia mitos
· Escreva poesia
· Faça um livro pagão de colorir
· Empine uma pipa
· Pintura de dedo
· Leve suas crianças para votar com você
· Abertamente discuta políticas
· Conheça seus vizinhos
· Faça uma festa do chá
· Crie um jogo de "poções"
· Vá para a biblioteca
· Conte histórias
· Faça um espetáculo de boneco
· Fale com suas crianças
· Construa um castelo de areia
· Respire
· Coma flocos de neve
· Conheça os professores deles
· Os ajude com a lição de casa
· Não os deixe passar muito tempo fazendo a lição de casa
· Deixe-os brincar do lado de fora
· Desligue a televisão.
· Sente nos bosques e só observe quietinha
· Diga "eu te amo"
· Faça um "feitiço contra o bicho papão"
· Finja
· Procure por anéis de fada
· Faça água de lua
· Tire sonecas
· Reparta
· Deixe-os ajudar no planejamento de rituais
· Ensine tolerância
· Faça bastões
· Faça uma bolsa especial p/ ferramentas de magia
· Abraços
· Inclua suas crianças
· Faça excursões à fazendas locais
· Não vá para o circo se eles tiverem animais
· Honre as diferentes fases da infância com um ritual
· Respeite suas crianças
· Ensine-lhes respeito
· Fale sobre sentimentos
· Conheça os amigos deles
· Pergunte e responda
· Encoraje-os a perguntar
· Dê graças
· Os alimente com comida saudável
· Evite excesso na mochila
· Torne os erros uma oportunidade para aprender
· Leia para eles
· Acredite em magia
· Arrume tempo para suas crianças
· Elogie suas realizações
· Ajude-lhes a estabelecer metas
· Procure seus interesses
· Introduza culturas diferentes
· Coma comida étnica
· Seja um bom exemplo para suas crianças
· Cubra-os na cama antes de dormir
· Tenha um dia preguiçoso com eles
· Cave na areia
· Explore vida selvagem de quintal
· Não espere que a criança seja um pequeno adulto
· Deixe-o ser criança
· Ensine-lhes a caminhar no caminho dos antigos
· Ensine-lhes a fazer seu próprio caminho



dedicado por Sarah Helena * 1:59 AM
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[Tuesday, November 02, 2004]

Sabe o que é engraçado no mundo? Eu tenho a fama de ser alguém que não faz nenhum sacrifício. É, eu não me dedico aos meus amigos, eu fico esperando que eles façam tudo pela amizade. Eu deveria achar engraçado isso, mas eu acho que é trágico.

Sabe porque eu tenho essa fama? Porque eu faço os sacrifícios realmente grandes. E todo mundo só quer ver os pequenos.

Eu deixei de batalhar uma casa em Paranapiacaba porque meus amigos achavam longe.

Eu não fui fazer faculdade em Ouro Preto para não ficar longe dos meus amigos.

Eu estudei um ano inteiro a tarde podendo estar a noite porque meus amigos estudavam a tarde.
Mas quando eles puderam optar, optaram todos por estudar de manhã. Quem se importa com a minha companhia na escola, afinal?

Eu nem olho mais os telefones das casa a venda em Parati. O velho cinema continua lá, mas nunca vai ser meu. Por que eu estou sempre disposta a deixar de lado o que eu acredito pelos meus amigos.

Eu me afastei da militância porque deixava eles irritados. Eu não vou a museus para poder ficar com eles mais tempo. Eu não falo de arte porque eles não gostam, eu não jogo vampiro porque eles não jogam.

Mas quem dá a mínima para isso?

São as pequenas coisas que contam, né.



dedicado por Sarah Helena * 4:35 PM
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[Saturday, October 23, 2004]

De todos os poemas da obra de Tolkien que eu já li, esse hino é o que eu mais amo na vida. Em um dos registros de Tolkien, ele é chamado Aerlinn in Edhil o Imladris, ou Hino dos Elfos de Imladris ... a primeira linha é o original sindarin, a segunda linha é inglês e a terceira português. Peguei a tradução na Dúvendor...


A Elbereth Gilthoniel

O Elbereth Star-kindler
Óh, Elbereth estrela cintilante

Silivren penna míriel
White glittering slants down sparkling like jewels
Brancas faíscas derramam-se como jóias brilhando

o menel aglar elenath!
from [the] firmament [the] glory [of] the star-host!
do firmamento, na glória da lua estrelada

Na-chaered palan-díriel
To-remote distance far-having gazed
Em terras distantes, contempladas à distância

o galadhremmin ennorath
from [the] tree-tangled middle-lands,
de regiões da Terra-média enredadas em árvores

Fanuilos, le linnathon
Fanuilos, to thee I will chant
Fanuilos, a ti eu cantarei

nef aear, sí nef aearon!
on this side of ocean, here on this side of the Great Ocean!
em terras distantes, além do mar!


dedicado por Sarah Helena * 1:52 AM
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[Thursday, October 14, 2004]

E agora pro fim de outubro está programado um ritual manso coletivo... uma coisa de agradecer e levar adiante, aproveitando a fertilidade de beltane, e o bom humor que devagar vai chegar. Mas precisamos em primerio lugar de gente que queria estar lá (os que participaram do rito de ano novo são especialmente bem vindos). E um lugar onde a gente possa fazer... qualquer sugestão é bem vinda, então escrevam...


dedicado por Sarah Helena * 2:41 AM
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De uns tempos para cá, tenho acendido muita vela no meu altar dos ancestrais. Não meus ancestrais pessoais. Ancestrais, os Espíritos Antigos. Desde que comecei esse flerte com a stregheria, foi minha primeira atitude. Fiz meu sacrário Lasa.

A coisa toda é meio tosca e bem simples. Fiz usando um desses oratórios de gesso, esses apoios de santo católico. É um altar pequeno, que eu pintei de dourado e prata e que o verniz reagiu e deu cara de velho.

Em cima, para representar os Lasa, um anjo de resina que minha prima me deu. "Por acaso", ele é uma representação de Lasa mesmo. Os atributos certinhos, até. Tem sal e tem uma chave (sou dedicada à Hécate dos caminhos, afinal), tem sementes e tem algodão, e tem o apoio das velas.

Limpei a cera dele ontem. É engraçado como tenho cuidado dele ultimamente. Meu altar oficial, em plena reformulação, anda meio em "stand by". Se aprontando para a casa nova, onde vai ter um móvel grande e só para ele.

Tudo isso por causa das velas. Fazia tanto tempo que eu não acendia tantas velas... velas miúdas, votivas, sem hora certa, só por força de fé.

Me sinto lentamente renovada. Muito, muito devagar...

Mas é que "eu aprendi com a primavera a me deixar cortar e voltar sempre inteira."



dedicado por Sarah Helena * 2:07 AM
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[Monday, August 23, 2004]

Às vezes, pensar na morte é bom. Lembro de uma tribo indígena que fala que a morte é nossa conselheira. É a certeza da morte que nos faz valorizar as coisas que realmente importam. Quer um exemplo?

Faça um esforço de imaginação. Pense em alguém realmente importante para você. Agora, imagine essa pessoa morta. Como você se sentiria? Como você reagiria? Como seria sua vida convivendo com essa ausência? Imagine fazer as coisas óbvias do dia a dia convivendo com a morte dessa pessoa.

Fiz isso ontem, e tudo que conseguia enxergar era o cinza denso do vazio. A angústia. Como poderia existir sem aquele sorriso, não ouvir mais aquela voz durante a noite. Frio. Muito frio. Cada coisa que eu pensava aumentava o aperto na minha garganta.

Passei um bom pedaço da noite olhando ele do meu lado, adormecido, de olhos fechados, tão bonito, tão macio, tão aconchegante. Mergulhar no peito dele e esquecer o resto da existência.

A morte valoriza essas coisas. Não que ela seja algo ruim. Mas ela gera uma distância, ainda que momentânea. Você tem que medir suas atitudes, porque quando você morrer, serão suas atitudes que serão lembradas. Se forem boas, será lembrado com carinho e honra. Mas e se forem más? Desonra, esquecimento e maldições, é tudo que vai ter.

É difícil agir sempre certo. Mas a morte é boa conselheira. Pergunte-se antes de agir:
Já que vou morrer, como devo agir?


dedicado por Sarah Helena * 1:15 AM
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[Thursday, August 12, 2004]

Quatro crenças para temer

Número 13

Entre as muitas explicações encontradas sobre o número 13 destaca-se a de que Jesus teria reunido os apóstolos na última ceia, sendo o traidor Judas o décimo terceiro deles. Além dessa, existe uma lenda na mitologia nórdica em que doze deuses foram convidados para um banquete e o favorito deles, Balder, foi morto por Loki, deus do mal e da discórdia. Por conta dessas e de outras histórias muitas pessoas evitam qualquer tipo de contato com o númer. Na Europa diversos hotéis substituem o quarto 13 pelo 12-A, assim como muitos edifícios nos Estados Unidos não possuem o 13o andar. Mas o poder do 13 torna-se certeiro quando casado com uma sexta-feira. Tudo graças a uma lenda Escandinava que se espalhou pela Europa e conseqüentemente para todo o continente americano. Nela, a deusa do amor Friga teria sido transformada em bruxa logo que as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao catolicismo. Para se vingar, ela começou a se encontrar todas as sextas-feiras com onze bruxas e o demônio para arquitetar pragas e infortúnios aos mortais.

Gato preto

Foi na Idade Média que os gatos pretos foram elevados de meros felinos para representantes do mal. Naquela época, as pessoas passaram a acreditar que devido aos seus hábitos noturnos os gatos tinham alguma relação com o demônio. Diz-se que o papa Inocêncio VIII, ainda no século XV, incluiu o animal na lista de perseguidos pela Inquisição, pois achava que ele tinha relação com a figura mítica das bruxas. No Brasil os supersticiosos acreditam que aquele que cruzar com um gato preto terá azar, e no caso de isso acontecer, o transeunte deve dar três passos para trás imediatamente e só depois continuar seu caminho.

Embaixo de escada

A escada representa para muitos a subida, a escalada ao topo da pirâmide, a elevação social e econômica. Passar por debaixo dela representa para muitos a renúncia à melhoria de vida, um descaso com a boa sorte e a pedida certa para viver cheio de azar. É comum observar nas ruas que até os menos supersticiosos conservam o costume de desviar de escadas, afinal, a probabilidade de alguma coisa cair na área sob a escada é bem maior do que nas suas imediações.

Espelho quebrado

Esta crença nasceu da idéia antiga de que a imagem de uma pessoa faz parte dela. Desta forma, se algo ruim acontecesse ao seu retrato ou reflexo, isso a afetaria diretamente. Partindo dessa idéia foi moldada a superstição que credita ao responsável pela quebra de um espelho sete anos de azar. Ao mesmo tempo surgiram correntes afirmando que aquele que se admira em um espelho partido quebra a própria alma e que ninguém deve permitir que outra pessoa se olhe no espelho ao mesmo tempo.

Quatro amuletos para proteção

Pé de coelho

Na Idade Média, as pessoas pobres viviam amontoadas em suas casas junto com animais para compartilhar o calor durante os períodos de inverno. Entre os porcos e carneiros, destacavam-se os coelhos, pequenos e com pêlo agradável.
Considerados ótimas companhias, ganharam o status de criaturas mágicas (em especial na Grã-Bretanha) que traziam boa sorte. Nesse período as pessoas passaram a crer que o osso do pé do coelho curava doenças quando carregado próximo do corpo.
Tal crença perdura até hoje, o que faz com que todo ano muitos animais sejam mortos e mutilados para que suas patas se tornem amuletos preciosos.

Trevo de quatro folhas

Tradicionalmente o trevo é uma planta com três folhas, porém, é possível encontrar na natureza raros exemplares contendo quatro folhas. Por causa disso, os antigos druidas transformaram o trevo de quatro folhas em amuleto, acreditando que por eles era possível enxergar os demônios na floresta e ganhar alguns poderes místicos.
Segundo outra lenda, Eva levou consigo um trevo de quatro folhas quando foi expulsa do Paraíso, o que lhe garantiu sorte. Por conta disso as pessoas até hoje gastam algum tempo atrás deste milenar talismã.

Ferradura

De acordo com registros históricos a ferradura se tornou objeto de sorte na Grécia antiga, onde seus habitantes a penduravam no alto da porta de suas casas, sempre com as pontas viradas para cima. A crença nasceu de dois preceitos: as ferraduras eram feitas de ferro, metal que o povo acreditava proteger contra os males e, ao mesmo tempo, remetia à figura de uma lua crescente, símbolo da fertilidade e da prosperidade. Muitos anos depois, os cristão europeus depositaram no objeto outra crença, desta vez baseada na vida de Dunstan de Canterbury, um arcebispo inglês que teria aperfeiçoado a metalurgia para a fabricação de sinos. De acordo com a lenda, o religioso teria colocado ferraduras no próprio demônio, somente as tirando após fazê-lo prometer que nunca mais se aproximaria do objeto de metal. É importante lembrar que em alguns outros países, como a Espanha, por exemplo, os supersticiosos colocam a ferradura apontando para baixo, para que a sorte se espalhe por toda a casa.

Figa

Para os supersticiosos a figa de azeviche, representada por uma mão humana em que o polegar está colocado entre o indicador e o médio, é um dos amuletos mais poderosos contra o mau-olhado. A lenda começou no antigo Egito, onde as propriedades naturais e esotéricas do azeviche (contas negras) eram unidas à qualidade da mão, resultando em um colar cuja função era espantar répteis sem patas e decifrar segredos do futuro. No Brasil ela recebeu o nome de isola, por "possuir o poder" de isolar a pessoa das coisas ruins que possam lhe acontecer. Feita de madeira, a figa é um dos amuletos citados mais acessíveis e procurados pelos supersticiosos. Mas para engordar as chances de se proteger do azar, não esqueça de levantar de manhã com o pé direito e, sempre que julgar necessário, bater na madeira três vezes. Afinal, boa sorte nunca é demais.


dedicado por Sarah Helena * 2:21 AM
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Alguns estudiosos compilaram diversas tragédias históricas ocorridas no mês, das quais se destacam o massacre de São Bartolomeu, em 24 de agosto de 1572, quando Catarina de Médici ordenou a morte de milhares de pessoas; o início da 1a Guerra Mundial, no dia 1 de agosto de 1914; a primeira execução de um homem na cadeira elétrica, em 6 de agosto de 1890; e os ataques atômicos às cidades de Hiroshima e Nagazaki, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945.


dedicado por Sarah Helena * 2:20 AM
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Marilyn Monroe detestava o mês de agosto. Morreu em 1962, no dia 5 de agosto. Foi em agosto de 1945, nos dias 6 e 9, que os EUA lançaram as bombas atômicas no Japão, sobre Hiroshima e Nagazaki. O escritor Euclides da Cunha morreu assassinado em 15 de agosto de 1909. Ele também não gostava de agosto. A Primeira Guerra Mundial começou em 1o. de agosto de 1914. A Segunda Guerra? Em agosto de 1939. Elvis Presley, Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas, a princesa Diana, todos morreram num mês de agosto...Ah, sem contar que 24 de agosto é o Dia da Sogra!

Até os romanos, que deram o nome de agosto ao oitavo mês do ano, em homenagem ao Imperador Augustus, não gostavam deste mês. Para eles, um enorme e ameaçador dragão passeava pelo céu, cuspindo fogo, durante todo esse tempo (mal sabiam eles que se tratava, na verdade, da constelação de Leão, tão visível no céu do hemisfério norte...)

Afinal, agosto é mesmo mês de azar? Por quê? Desde quando? Ninguém tem esta resposta. E a crença parece não ter nacionalidade. “As mulheres portuguesas não casavam nunca no mês de agosto, época em que os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo viúva. Os colonizadores portugueses trouxeram esta crença para o Brasil já transformada em ditado popular: “Casar em agosto traz desgosto”, lembra um site que resgata curiosidades do livro Folclore Quase Sempre. Por outro lado, é bom não ficar achando que no mundo todo é a mesma coisa: “ Na Alemanha, as mulheres não acreditam no poder mágico da superstição. Enquanto em muitos países maio é o mês das noivas, lá as moças sonham em se casar no mês de agosto, preferencialmente num dia de sexta-feira, o que não significa um desafio, mas um costume”. Quer mais? Na Argentina, não é aconselhável lavar a cabeça durante todo o mês de agosto. Quem faz isso está chamando a morte...”

E não se esqueça de outros dois importantes indicativos que, queiram ou não, contribuem, e muito, para aumentar o poder das superstições que rondam esta época do ano. 1o. Na tradição do Candomblé, este é o mês consagrado a Exu, orixá das ruas, responsável pela realização das coisas na Terra. 2o.

Agosto é “mês de cachorro louco” (embora isso não seja verdadeiro, porque a raiva é uma doença que pode atacar em qualquer época do ano, ainda que as campanhas de vacinação se concentrem (coincidência?) em agosto...


dedicado por Sarah Helena * 2:14 AM
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Fé é você dar o primeiro passo mesmo sem ver o fim da escada.

Rev. Martin Luther King Jr.


dedicado por Sarah Helena * 2:11 AM
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e um momento capricho no especial sexta feira 13


Teste: Vc está com mau olhado?


1- Ultimamente você anda bocejando muito, o sono e a preguiça são freqüentes?
Sim
Não

2- Anda com muita moleza no corpo, mesmo sem estar doente?
Sim
Não

3 - Está tudo bem com você. Mas de repente, aquela tristeza e uma vontade de chorar, sem motivo aparente...
Sim
Não

4 - Você costuma acordar várias vezes durante a noite, com a sensação de que algo não vai bem e com um medo inexplicável?
Sim
Não

5 - Sem mais nem menos toda sua família começou a ficar doente (gripe em série, fraturas coletivas)...
Sim
Não

6 - Os animais domésticos (cães e gatos) são verdadeiros pára-raios de urucas. Por acaso seu bichinho começou a apresentar um comportamento estranho (uivar, arranhar paredes) nos últimos dias?
Sim
Não

7- Outro sintoma de mau-olhado é a queda de cabelo. Os seus andam caindo muito?
Sim
Não

8- As plantas também são termômetros do mau-olhado. Muito sensíveis, elas murcham se alguém mal-intencionado entra na sua casa. Isso aconteceu com você?
Sim
Não

9- Você é o queridinho(a) da criançada. Os sobrinhos e filhos de amigos não desgrudam do seu pescoço. Só que de uma hora para outra o quadro mudou: a molecada não quer ficar por perto e até começa a chorar quando vocês se encontram...
Sim
Não

10- Você sempre foi uma pessoa otimista, alto-astral mesmo. Agora você virou exemplo de baixo-astral, passou a ter idéias obsessivas e a desejar mal para seus amigos...
Sim
Não

Respostas

Se você respondeu sim mais de cinco vezes:Você está com mau-olhado
Tudo indica que o mau-olhado pegou você de jeito, sim. A depressão e a baixa auto-estima estão tomando conta de você. Ânimo e muita calma! Não precisa se apavorar. A bruxa Márcia Frazão, autora dos livros Manual Mágico do Amor e A Bruxa Vitalina, ensina como fazer um amuleto para afastar a uruca da sua vida. "Esse amuleto afasta instantaneamente qualquer mau-olhado", diz, passando a receita do saquinho da sorte, muito usado na Idade Média contra a peste: pegue um pedacinho de pano, corte em formato de quadrado e coloque 1 dente de alho, 3 pauzinhos de canela, 3 dentinhos de cravo da Índia e uma pedrinha de cânfora. Depois feche e costure. O ideal é usar o amuleto sempre na região do peito", recomenda Márcia Frazão.

Se você respondeu não mais de cinco vezes:Você não está com mau-olhado
Ufa! Que bom, heim! Você está livre do olho gordo e com a auto-estima pra lá de Marrakesh. O importante é não esperar que ele chegue até você... Previna-se desse mal. Márcia Frazão aconselha que, pelo menos 1 vez por semana, você tome banho de alecrim - 2 litros de água, 1 xícara de alecrim. Ferva a água, coloque o alecrim e abafe a caneca. Espere esfriar e jogue em cima de você assim que acabar o banho. Deixe secar e dê um sai pra lá na uruca!


Mas gente, reparem bem e cuidado. A maioria dos sintomas ditos "de mau olhado" também são sintomas de depressão, distimia e essas coisas. Então cuidado, né.




dedicado por Sarah Helena * 2:07 AM
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E no clima de sexta feira 13, um assunto no qual eu acho que as pessoas exageram um pouco...

AMULETOS CONTRA O MAU-OLHADO
Por Raquel Silveira

Se existe uma coisa de que muita gente tem medo, pasmem, é de olho gordo.
Especialmente numa SEXTA-FEIRA 13! E isso, muitas vezes, independe da religião ou da classe social. O alvo da inveja pode ser um objeto, uma qualidade que julgamos especial, um animal de estimação ou, até mesmo (ou principalmente), o nosso parceiro!
Já que controlar o mau-olhado parece impossível, o jeito é aprender a se proteger o quanto antes. Além dos amuletos aí ao lado, anote uma receitinha infalível da babalorixá Márcia d´Oxum: "Espada-de-são-jorge, pinhão roxo e sal grosso juntos acabam com a energia negativa de qualquer pessoa", ensina.

A mulher de poder Márcia Frazão também dá dicas de como se livrar do mau-olhado, inclusive dentro de casa. Ela reforça o poder da espada-de-são-jorge: "um vaso com essa herbácea é tiro-e-queda para descarregar as coisas ruins. As pessoas mal-intencionadas já deixam a uruca na porta". Segundo ela, esta planta impede que as energias negativas entrem em nossos lares. Outra dica da Márcia é borrifar a casa com chá de alecrim. "Colocar uma folhinha seca de alecrim dentro do travesseiro também ajuda muito", acrescenta. Para espantar a uruca e "fechar o corpo" vale tudo! E você, já escolheu o seu?

FIGA: Segundo a tradição afro-brasileira, ela “fecha o corpo” e protege quem a usa de ataques espirituais e físicos.

CRUCIFIXO: Símbolo do cristianismo, o crucifixo é usado por muitos cristãos como objeto de proteção contra os males do mundo.

OLHO GREGO: Protege as pessoas contra a inveja e o mau-olhado. O olho grego pode ser usado como acessório ou objeto de decoração para as casas.

COLAR INDÍGENA: Sua principal função é afastar os maus espíritos e as energias negativas.

TERÇO: Muitos devotos usam o terço para afastar o mal e resguardar-se do perigo.

MEDALHINHA DE SANTO EXPEDITO: O santo das causas impossíveis protege, afasta a inveja e orienta seus devotos.

TREVO: Amuleto da sorte. É utilizado para afastar o azar ou trazer sorte, possibilitando a realização de aspirações ou desejos. Esses amuletos são uma constante no comportamento humano e, desde a antiguidade, são encontrados nas mais variadas culturas.



dedicado por Sarah Helena * 1:47 AM
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[Sunday, August 01, 2004]

Superstições de Sexta-Feira 13

A crença nos chamados "dias de azar" sempre existiu. Na Grécia e na Roma Antiga, as datas tidas como "aziagas" eram até mencionadas em leis, que proibiam, nessas ocasiões, a realização de certos trabalhos, de cerimônias religiosas etc.

Com a disseminação da fé cristã, essas superstições foram adaptadas e passaram a incorporar elementos da nova religião. Foi assim que surgiu toda a mística em torno da "sexta-feira 13".A sexta-feira passou a ser associada ao azar porque Cristo expirou na cruz numa sexta-feira. Já o número 13 tem relação com a última ceia, quando Jesus se reuniu com os doze apóstolos, somando treze pessoas. E um dos participantes da ceia, Judas Iscariotes, foi quem o traiu, provocando o desfecho que todos nós conhecemos.

Na Idade Média, outras crendices ganharam espaço, somando-se aos mitos da sexta-feira 13. O preconceito contra os gatos negros, por exemplo, vem dessa época. Vale lembrar que a Inquisição, criada pela Igreja Católica com o propósito de coibir as práticas religiosas não-cristãs, condenou à morte várias mulheres acusadas de serem "bruxas", e, juntamente com elas, foram mortos seus animais de estimação, que seriam "demônios disfarçados". Por conta de seus hábitos noturnos, os gatos foram as principais vítimas, e aqueles que, ainda por cima, eram pretos - a "cor das trevas" - não tinham mesmo a menor chance!

O medo de passar por debaixo de escadas também tem a ver com uma prática medieval terrível: o enforcamento de criminosos. Como era necessário subir alguns degraus para se chegar até o patíbulo, a escada tornou-se símbolo de morte e condenação.

Mas, do mesmo modo que existe todo um arsenal de "absurdos" alimentando falsas superstições, existem também alguns elementos que, de fato, tornam a energia de certos dias mais "carregada" do que a de outros. Por exemplo: como muita gente tem medo da sexta-feira 13, pode acontecer de, neste dia, haver uma vibração negativa mais forte pairando no ar.

(de uma lista de discussão)


dedicado por Sarah Helena * 11:34 PM
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COMO ENLOUQUECER UM PAGÃO

1. Pergunte se eles adoram satanás
2. Seja considerado, reestruture seu altar, assim parecerá mais limpo
3. Apague a vela de seu altar, se houver luz do dia (Não há necessidade de gastar uma vela boa!)
4. Pegue suas pedras para dar uma olhada mais de perto
5. Use seu atame para abrir os envelopes de suas cartas
6. Pergunte a eles sobre a verdadeira religião'
7. Pegue as jóias rituais dele na mão pra dar uma olhadinha.
8. Pegue emprestado suas jóias
9. Jogue truco com suas cartas de Tarot
10. Diga que o Martelo das bruxas é um excelente livro (O Martelo das Feiticeiras)
11. Use seus óleos vegetais para fritar um ovo
12. Mude sua tabela lunar
13. Jogue suas ervas no lixo (já estavam secas, como pode ver!)
14. Cite Deuterenomio
15. Diga que Beltane é um grande acontecimento pornô
16. Questione sobre sua verruga no nariz
17. Pergunte por que tem carro, se pode usar a vassoura..
18. Pergunte sobre os sacrifícios de crianças
19. Diga que Lilith foi a prostituta de Adão
20. Diga que a lua não influi sobre a vida na terra
21. Pergunte de novo a ele se é um seguidor do demônio.
22. Use seus incensos para perfumar a casa
23. Diga que a relação de deus com a deusa é incestuosa
24. Pergunte como pode crer em algo tão absurdo como reencarnação
25. Diga que ele/ela certamente irá para o inferno quando morrer
26. Pegue sua taça para beber coca-cola no jantar
27. Use seu caldeirão para fazer arroz
28. Jogue cinzas de cigarros em sua horta
29. Dê uma olhada em seu animal doméstico e diga que ele parece ter saído de um filme de terror.
30. Use seus óleos mágicos como hidratante
31. Explique que o Vahaala está mais para quilombo que para paraíso
32. Use suas roupas rituais como fantasia para halloween
33. Apresente-se como investigador do santo ofício
34. Acaricie ternamente sua cabeça, depois explique que procura a marca 666
35. Pergunte sobre sua cabra..
36. Diga que as inscrições ruprestes são criações de um arqueólogo lunático
37. Diga que toda feminista é frígida, as pagãs são feministas, logo as pagãs são frígidas.
38. Escreva na capa de seu livro das sombras: Só Cristo Salva
39. Pergunte por que traz um símbolo satânico pendurado no pescoço
40. Use seu sal para fazer o assado de domingo
41. Use seu alho para temperar frango
42. Quando falar de sua voz interior, aconselhe a procurar um psiquiatra, porque possui sintomas de esquizofrenia
43. Presenteie com um livro de Santo Agostinho
44. Diga que a teoria de energia == matéria está ultrapassada
45.Desate os nós de seu cordão ritual
46. Afie aquele punhal de cabo preto que ele tem... afinal prá que uma faca sem corte???
47. Testemunhe para ele sua crença em que só o seu Deus Salva.
48-Se ele ainda não estiver furiosos, pergunte de novo se ele é um seguidor do demônio.


dedicado por Sarah Helena * 11:22 PM
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[Thursday, July 22, 2004]

Nem só de coisas positivas é feito o caminho. Aprender significa cometer erros, e principalmente aprender a conviver com os resultados do seus erros.  É saber que não se pode voltar atrás e que isso afeta outras vidas.

É nisso que penso hoje. Quantas amizades são perdidas de maneira desnecessária? Porque as coisas não acontecem do jeito mais simples? Quantos amores morrem por imaturidade em enfrentar as coisas juntos?

Hoje penso em tudo isso. Porque vejo acontecer com pessoas que são queridas para mim, como um dia aconteceram comigo. Somos nós querendo ser fortes por dois e deixando nossos meninos se afogarem em imaturidade na nossa ânsia por protege-los, e tendo que carregar o custo dessa proteção, que é enfrentar sozinhas coisas que deviam ser divididas.

É carregar o peso de ir pelo caminho mais difícil  e perder coisas que faziam nossa vida valer a pena, porque não medimos as consequências de nossas atitudes.

É se afastar quando mais precisa de companhia. Fechar as portas onde depois vamos bater inutilmente,  porque já não são mais para nós.

Não enxergar o pedido desesperado de ajuda de alguém, e por isso depois saber que é seu karma chorar sozinho no escuro.       

 
Como eu gostaria de poder evitar essas coisas. Mas as vezes, o jeito mais difícil é o unico que a gente aprende.

 
Estou feliz.  Tenho um cano confortável, um homem para amar. Mas também estou triste, e nao tenho idéia de como diminuiessa tristeza...


dedicado por Sarah Helena * 2:32 AM
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[Friday, July 02, 2004]

Transmito um trecho da coluna da Adília Belotti nesta semana...

Gosto imensamente do que ela escreve.



...E é esta a história de Piktor: a da busca da completude. Foi contada por um escritor chileno, Miguel Serrano, num livro em que ele narra os encontros que teve com dois dos homens mais geniais do século passado: o escritor Herman Hesse e Carl Gustav Jung. O conto, segundo o autor, foi um presente que recebeu de Herman Hesse: “Hesse estende-me um livro belíssimo, impresso com sua própria letra manuscrita, em estilo gótico, e ilustrado por ele mesmo com aquarelas que representam algo semelhante a um estado parasidíaco. O pequeno livro intitula-se As Metamorfoses de Piktor e está colocado dentro de um estojo parecido com uma velha caixa chinesa”.

E a história do livrinho precioso começa assim: “O jovem Piktor entrou no Paraíso”... e viu-se diante daquilo que ele adivinha ser a fonte da vida. Maravilhado, ele observa tudo com espanto e surpresa...

Ali, todas as coisas e os seres se moviam sem cessar, dançando e transformando-se eternamente na “corrente enfeitiçada das metamorfoses”. Flores se transformavam em pássaros e pássaros trocavam a plumagem multicolorida pelos reflexos chamejantes dos cristais. Caminhando descuidadas, feras despiam-se de suas roupagens ferozes e imobilizavam-se por alguns segundos nas formas das pedras preciosas. E, em seguida, das profundezas dos rubis emergiam mais uma vez renovadas, como flores ou árvores ou peixes. No paraíso, as flores cantavam e contavam histórias de outras transformações. Falavam com Piktor da sua infância e incutiam na sua alma a nostalgia do desconhecido. De repente, um pássaro-flor deixou cair aos pés do jovem uma pedra que “maravilhosamente brilhou entre a relva, como sinos que tocam para uma festa”.

Rápido, disse-lhe a Serpente, enrolada em um galho seco, faça um pedido. Com medo de perder a chance de alcançar a felicidade, Piktor fez o desejo em seu coração e imediatamente transformou-se em árvore. Sim, porque era isto que ele sempre desejara ser mais do que tudo.

Seus galhos cresceram até o céu e encheram-se de folhas. Suas raízes mergulharam buscando longe e mais longe a água da terra. Piktor estava feliz. Olhou à sua volta para o Paraíso cambiante e, num susto, percebeu que algo tinha saído errado. Em meio à correnteza das metamorfoses, ele, a Árvore-Piktor era o único ser que não podia mais transformar-se e permanecia sempre idêntico a si próprio. A Serpente o havia enganado.

Sua felicidade desapareceu e ele começou a envelhecer.

Um dia, uma menina se perdeu no Paraíso. Aproximou-se da Árvore-Piktor e acomodou-se entre as dobras do seu tronco. Ao ver a menina, a Árvore-Piktor sentiu uma urgência de felicidade. E de dentro da sua alma de árvore, uma voz gritava: “Pensa, recorda hoje tua vida inteira, descobre um sentido. Se não fizeres isto, será tarde demais e nunca serás feliz!”

A Árvore-Piktor fez um imenso esforço para lembrar-se. Onde havia se enganado, em que momento? E então, como um raio percebeu. Como podia ter sido tão estúpido? Lembrou-se das metamorfoses e dos seres ao mesmo tempo, flor e pedra, ao mesmo tempo homem e mulher, ao mesmo tempo Sol e Lua. Uma tristeza tão grande apossou-se dele, que a menina sentada em suas raízes tremeu e sentiu um súbito desejo de algo mais, um anseio de unir-se aquela árvore solitária. E foi então que um pássaro aproximou-se e deixou cair algo brilhante como um raio aos pés da menina. Uma jóia, que ela pegou e que fez, num segundo, cumprir-se o desejo de seu coração. E ela uniu-se à árvore, transformando-se num galho verde novo e fresco que subiu alegremente até o céu.

E, de novo, o Paraíso existiu. Piktor deixara de ser uma árvore velha e transformara-se. De metade passara a algo inteiro e, agora, podia, ele também, participar do jogo incessante das metamorfoses. E ele foi pássaro e flor, homem e mulher, pedra e peixe. Possuidor de todas as cores e de todas as formas....

Eu era menina quando li esta história pela primeira vez. E assustei-me naquela época com a intensidade da emoção que ela despertou em mim. Estávamos eu e uma amiga, o livrinho mágico no colo. Havia, sim, uma promessa iluminando a noite e uma lua mágica que alimentava nossa saudade e insinuava respostas...Naquela noite, todas as infinitas possibilidades da existência pareciam dançar em volta de nós e eu fiz uma promessa: ser inteira. E tecer para mim um vestido multicolorido. Vestida assim de todas as possibilidades humanas, um dia eu iria passear no Paraíso.

Muito tempo passou desde esta noite extraordinária. Em alguns momentos, acho que envelheci. Mas em outros, fui, sim, árvore e pássaro, homem e mulher, estrela e mar. E sei que ainda hoje, quando visto meu vestido enfeitado de cores, todas as possibilidades de novo dançam à minha volta e por alguns minutos talvez sinto que sou parte do eterno rio de metamorfoses do Paraíso.

E deixo a vocês, a resposta do pássaro à pergunta de Piktor: “Ó pássaro, onde se encontra a felicidade?”

“A felicidade”, indagou o pássaro-flor, “mas em toda parte: na montanha e no vale, na flor e no cristal.”





dedicado por Sarah Helena * 1:22 AM
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está tudo bem agora.


dedicado por Sarah Helena * 12:56 AM
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[Thursday, July 01, 2004]

If Tomorrow Never Comes
Garth Brooks
Composição: Kent Blazy - Garth Brooks


Sometimes late at night
I lie awake and watch her sleeping
She's lost in peaceful dreams
So I turn out the lights and lay there in the dark
And the thought crosses my mind
If I never wake up in the morning
Would she ever doubt the way I feel
About her in my heart

If tomorrow never comes
Will she know how much I loved her
Did I try in every way to show her every day
That she's my only one
And if my time on earth were through
And she must face the world without me
Is the love I gave her in the past
Gonna be enough to last
If tomorrow never comes

'Cause I've lost loved ones in my life
Who never knew how much I loved them
Now I live with the regret
That my true feelings for them never were revealed
So I made a promise to myself
To say each day how much she means to me
And avoid that circumstance
Where there's no second chance to tell her how I feel

If tomorrow never comes
Will she know how much I loved her
Did I try in every way to show her every day
That she's my only one
And if my time on earth were through
And she must face the world without me
Is the love I gave her in the past
Gonna be enough to last
If tomorrow never comes

So tell that someone that you love
Just what you're thinking of
If tomorrow never comes



Se o Amanhã Nunca Chegar

Às vezes tarde da noite
Fico deitado, acordado, e a observo dormir
Ela está perdida em sonhos tranqüilos
Então eu apago as luzes e fico ali deitado no escuro
E os pensamentos percorrem minha mente
Se eu nunca acordar de manhã
Será que ela duvidaria do modo como me sinto?
A respeito dela em meu coração?

Se o amanhã nunca chegar
Ela irá saber o quanto eu a amei?
Que tentei, de todas as maneiras, mostrar isto a ela todos os dias?
Que ela é a única?
E se o meu tempo de vida na terra se acabasse
E ela tivesse que enfrentar o mundo sem mim?
Será que o amor que lhe dei no passado
Seria o suficiente para perservar?
Se o amanhã nunca chegar

I feel Pois tenho perdido amores em minha vida
Que nunca souberam o quanto as amei
Agora vivo com o arrependimento
Que meus sentimentos reais por elas nunca foram revelados
Então prometi a mim mesmo
Em dizer, a cada dia, o quanto ela significa para mim
E evitar aquela circunstância
Onde não há uma segunda chance para dizer-lhe como me sinto

Se o amanhã nunca chegar
Ela irá saber o quanto eu a amei?
Que tentei, de todas as maneiras, mostrar isto a ela todos os dias?
Que ela é a única?
E se o meu tempo de vida na terra se acabasse
E ela tivesse que enfrentar o mundo sem mim?
Será que o amor que lhe dei no passado
Seria o suficiente para perservar?
Se o amanhã nunca chegar

Portanto diga àquele(a) que você ama
Apenas o que está pensando
Se o amanhã nunca chegar


dedicado por Sarah Helena * 2:00 AM
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*ouvindo o tema de enterprise*

Eu sempre me arrependo depois. Toda vez que faço esse tipo de coisa, eu fico assim, morrendo por dentro. Talvez eu tenha sido um pouco precipitada. Não, eu não fiquei brava. Eu fiquei triste. Muito triste. Se eu ficasse, ia começar a chorar, e foi só por isso que eu fui embora. Eu odeio chorar em público.

Sabe, eu não me importo com a minha indecisão. Eu não gosto de tomar decisões. Eu consigo decidir quando é preciso. Mas se eu posso evitar uma coisa que me causa desprazer, porque vou fazer? Eu sou uma doente que vive em outra realidade, talvez. Mas o cotidiano dói. Me faz mal, quando preciso pensar nessas coisas de dia-a-dia, como trabalho, eu desejo morrer. Eu tenho que decidir que matéria vou passar, como vou fazer isso, preciso discutir com os outros professores, preciso decidir onde vou dar aula. Decisões piores, como quais alunos eu tenho condição de levar adiante, e quais eu vou ter que deixar a própria sorte. Preciso decidir, e pior, conviver com o resultado de cada decisão errada que tomo.

Quando posso me livrar desse peso, é um alívio. Quando posso me deixar levar, perguntar para os outros qual vai ser a balada, dar dez idéias e deixar alguém escolher. Quando eu posso saber que estou com alguém a quem confiaria minha vida, e me entregar aos braços desse alguém para me levar onde quiser.

E bom, sobre zombar da minha preocupação... me machuca. Já me basta ter que conviver com o fato de que não sou capaz de cuidar de nada que é importante para mim. Margherita foi envenenada. Eu não sou capaz de ser mãe. O cachorro que me escoltava para a escola e que era meu anjo da guarda peludo, morreu na rua porque não consegui trazer para casa. Meu melhor amigo morreu estupidamente e eu nunca fui capaz de dizer o quanto ele era importante para mim. Não importa, eu não consigo. Tento cuidar dos outros, e só sou capaz de machucar mais. Cada vez que alguém precisa de cuidados, eu me aproximo para tentar, e alguém me escorraça de perto porque eu só pioro as coisas.

E você...você tem alguém melhor que eu para fazer você ficar bem. Isso dói. Dói muito. Não importa o quanto eu tente, eu sou só uma coisa inútil. A única coisa que eu posso fazer é me preocupar com você... saber se você está bem ou não, e se não está, qual é o problema. E então fazer a única coisa que faço direito (embora já tenha feito bem melhor): rezar. A única coisa que tenho quando você está longe é minha preocupação e minha fé.

Quando vou dormir, fico te buscando, tentando achar você com o pensamento. Nem sempre consigo. É como se você se escondesse. Você é metade mistério, faz parte da tua magia pessoal. Mas me preocupar faz parte da minha.

E eu perdi tantas pessoas... hoje eu entendo muitas coisas. Mas eu era só uma criança, e aquilo tudo cobriu minha alma de cicatrizes, e não adianta. Eu nunca aprendi a lidar com isso. Cada vez que te vejo ir embora, fico na incerteza de que vou voltar a te ver. Aproveito muito mais cada instante, vivo mais intensamente que muitas pessoas. Mas a morte virou companheira de viagem.

E eu aprendi a amar assim: um amor que tem esse desespero em fazer o outro estar bem. Em cuidar e me dedicar. A considerar tudo que eu tenho algo a ser dividido. E por mais que eu deseje ser forte, tudo que consigo é isso. Sair correndo para não chorar e pedir desculpas.

Porque tudo isso foi só para isso. Pedir desculpas mais uma vez. Como eu sempre acabo fazendo. Porque eu sempre tenho que ficar estragando tudo?

Meu coração sangra esta noite, mais ou menos como se estivesse perdido ele em uma cerca de arame farpado. Se você puder fazer a delicadeza de colhe-lo na cerca como se fosse uma fruta, pode devorar ou fazer o que quiser...


dedicado por Sarah Helena * 1:43 AM
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[Wednesday, June 23, 2004]

Uma Estranha Realidade, Carlos Castaneda .


" Meu benfeitor dizia que , quando um homem toma os caminhos da feitiçaria, torna-se consciente, aos poucos, de que a vida comum ficou para trás para sempre ; que na verdade o conhecimento é uma coisa assustadora; que os meios do mundo comum não são mais um escudo para ele; e que tem que adotar um novo modo de vida, para poder sobreviver . A primeira coisa que ele deve fazer nesse ponto é desejar tornar-se um guerreiro, um passo e uma decisão muito importantes . A natureza assustadora do conhecimento não nos deixa outra alternativa se não nos tornarmos um guerreiro .

Quando o conhecimento se torna uma coisa assustadora, o homem também compreende que a morte é o companheiro insubstituível, que se senta ao lado dele na esteira . Cada pouquinho de conhecimento que se torna poder tem a morte como sua força central. A morte dá o último toque, e o que for tocado pela morte torna-se realmente poder .

Um homem que segue os caminhos da feitiçaria se defronta com a aniquilação iminente a cada passo do caminho, e é inevitável que tome fortemente consciência de sua morte . Sem a consciência da morte , ele seria apenas um homem comum, praticando atos comuns . Não teria a necessária potência , a necessária concentração que transforma o tempo comum da pessoa na Terra num poder mágico . "

"Assim para ser um guerreiro o homem tem de estar, antes de tudo, e propriamente, muito consciente de sua própria morte . Mas a preocupação com a morte levaria qualquer de nós a focalizar a atenção em si e isso seria debilitante . Portanto, a segunda coisa de que se precisa para ser um guerreiro é o desprendimento . A idéia da morte iminente, em vez de se tornar uma obsessão, torna-se uma indiferença ."

"Somente a idéia da morte torna o homem suficientemente desprendido para ser capaz de se entregar a qualquer coisa. Um homem assim, porém, não tem anseios, pois adquiriu um amor calado pela vida e por todas as coisas da vida. Sabe que a morte o acompanha e não lhe dará tempo de se agarrar a nada, de modo que ele experimenta, sem ansiar, tudo de todas as coisas .

Um homem desprendido, que sabe que não tem possibilidade de evitar sua morte, só tem uma coisa em que se apoiar: o poder de suas decisões . Ele tem de ser , por assim dizer, o senhor de suas opções . Deve compreender plenamente que sua opção é sua responsabilidade, e, uma vez feita, não há mais tempo para remorsos ou recriminações . Suas decisões são finais, simplesmente porque sua morte não lhe permite tempo para se agarrar a nada .

E assim com a consciência de sua morte, com seu desprendimento e com o poder de suas decisões, um guerreiro organiza sua vida de maneira estratégica . O conhecimento de sua morte o orienta e o torna desprendido e secretamente sensual; o poder de suas decisões finais o torna capaz de escolher sem remorsos, e o que ele escolhe sempre é o estrategicamente o melhor; e assim ele executa tudo aquilo de que precisa com vontade e uma eficiência sensual .

Quando um homem procede dessa maneira, pode-se dizer com segurança que ele é um guerreiro e adquiriu a paciência ! "



"Quando um guerreiro consegue a paciência, está a caminho da vontade. Sabe esperar. Sua morte senta-se com ele em sua esteira, eles são amigos. Sua morte o aconselha, de maneiras misteriosas, a optar, a viver estrategicamente. E o guerreiro espera ! Eu diria que o guerreiro aprende sem pressa alguma porque ele sabe que está esperando sua vontade; e um dia consegue realizar alguma coisa que normalmente seria impossível. Pode nem notar seu feito extraordinário. Mas, à medida que continuar a realizar coisas impossíveis, ou coisas impossíveis forem lhe acontecendo, ele percebe que uma espécie de poder está surgindo. Um poder que emana do seu corpo enquanto ele progride no caminho do conhecimento. A princípio, parece um comichão na barriga, ou um ponto quente que não consegue ser aliviado; depois torna-se uma dor, um incômodo muito grande. Às vezes a dor e o incômodo são tão fortes que o guerreiro passa meses tendo convulsões, e quanto mais graves são elas melhor para ele. Um bom poder sempre é prenunciado por muita dor .

Quando as convulsões cessam, o guerreiro repara que tem sensações estranhas com relação às coisas. Nota que pode tocar qualquer coisa que queira com uma sensação que sai do corpo de um lugar abaixo ou logo acima do umbigo. Essa sensação é a vontade, e quando ela consegue pegar as coisas com ela, pode-se dizer que o guerreiro é um feitiçeiro e que adquiriu uma vontade.

Dom Juan parou de falar e parecia estar esperando meus comentários ou perguntas. Eu não tinha nada a dizer. Estava profundamente preocupado com a idéia de que um feiticeiro tinha de sofrer dor ou convulsões, mas sentia-me encabulado de perguntar-lhe se eu teria de passar por isso. Por fim, depois de um longo silêncio, perguntei-lhe e ele deu uma risada, como se estivesse esperando essa pergunta . Falou que a dor não era absolutamente necessária; ele , por exemplo, nunca a sentira, e a vontade lhe aconteceu simplesmente .

- Meu benfeitor era um feiticeiro de grande poder- continuou ele. - Era um guerreiro perfeito. Sua vontade era sua realização mais magnífica. Mas o homem pode ir mais longe do que isso; o homem pode aprender a ver . Quando se aprende a ver, não é mais preciso viver como guerreiro, nem ser feiticeiro . Ao aprender a ver, o homem torna-se tudo, tornando-se nada. Por assim dizer desaparece e , no entanto, continua ali . Eu diria que essa é a ocasião em que o homem pode ser ou conseguir tudo o que deseja. Mas não deseja nada, e em vez de brincar com seus semelhantes como se fossem brinquedos, ele os encontra no meio da loucura deles. A única diferença entre eles é que o homem que vê controla a sua loucura, enquanto seus semelhantes não o conseguem. Um homem que vê não tem mais interesse ativo por seus semelhantes. Ver já o desprendeu de tudo o que conhecia antes.

- A simples idéia de estar desprendido de tudo o que conheço me dá arrepios - falei .

- Você deve estar brincanddo ! O que lhe devia dar arrepios é não ter nada pela frente, a não ser uma vida inteira de fazer aquilo que sempre fez .

Pense no homem que planta milho ano após ano, até estar velho e cansado demais para se levantar, de modo que fica deitado, como um cachorro velho . Seus pensamentos e sentimentos, o que há de melhor nele, vagueiam sem rumo para as únicas coisas que ele já fez, que é plantar milho . Para mim, isso é o maior desperdício que há. Somos homens e o nosso destino é aprender a sermos lançados em novos mundos inconcebíveis .

- Existem mesmo novos mundos para nós ? - perguntei jocosamente .

- Ainda não esgotamos nada , seu tolo - disse ele, imperiosamente. - Ver é para homens impecáveis . Tempere seu espírito agora, torne-se um guerreiro, aprenda a ver, e depois saberá que não há limite para os novos mundos, para a nossa visão .



dedicado por Sarah Helena * 1:00 AM
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[Friday, June 18, 2004]

Eu via pelos olhos dela e escutava por seus ouvidos, e sentia por seu corpo, mas eu sabia que não era ela. Ela era pirata em um navio que singrava não a água mas a névoa. Ela era louca e sua loucura a tornava ágil e incrível nas batalhas.

Mas então havia um zumbido. Um zumbido terrível, vindo de algum lugar. E ele era um zumbido negro, um zumbido de algo incompreensível, algo que se escondia. Então, ela pegou uma ponta de ferro, e se deitou sobre o catre, e abriu a camisa. E rompeu a pele, mas não havia sangue. Havia a entrecasca de uma palmeira. E sob ela a madeira clara e macia da palmeira, que ela cavou com a ponta de ferro até chegar há um oco. Então ela enfiou a mão dentro do buraco em seu peito, e dentro ela capturou um escaravelho, preto como a noite, e uma fava branca. Então ela soltou o escaravelho, que voava tonto pela luz, zumbindo alto, imenso ele, e ficou ali, parada, com a fava branca na mão. Então ela reajeitou as lascas da madeira branca, apertou no lugar a entrecasaca, e fechou a pele sobre o corpo de palmeira.

E então eu acordei...


dedicado por Sarah Helena * 12:57 AM
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[Wednesday, June 16, 2004]

CHE LA LUCE TU GUIDE ...
CHE L'OMBRA TI ACCOMPAGNI ...
CHE LE TENEBRE TI PROTEGGANO ...

benção italiana


dedicado por Sarah Helena * 12:10 AM
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[Wednesday, June 09, 2004]

Pisar sobre a cauda do tigre. Ele não
morde o homem. Sucesso! A situação é
delicada e exige cautela. Aqueles que
estiverem atentos serão bem sucedidos.
O segredo frente às situações delicadas
consiste em ver com clareza e dialogar com
as partes envolvidas para compor
o ajuste dos interesses.




A Conduta


O oráculo

Pisar sobre a cauda do tigre.
Ele não morde o homem.
Sucesso.

Interpretação

A situação é delicada e exige cautela. O tigre, que é muito mais forte que o homem, pode não morder nesse instante, mas não se pode ter certeza de que será sempre assim. Daí a importância de uma conduta suave e equilibrada quando se está associado ou próximo a pessoas fortes e poderosas.
O tigre não morde o homem que está seguindo sua trilha porque está satisfeito e o contato se dá de um modo alegre e inofensivo. Com essa imagem, o oráculo revela que a concretização de um ideal sempre coloca desafios, obstáculos e até mesmo perigos. Não ser "mordido" nessas condições representa uma grande sorte.
O hexagrama ensina que o reconhecimento dos próprios limites pode estimular a busca da perfeição, da integridade e do equilíbrio. Manter-se firme no justo meio e ocupar um lugar de força sem ser inconveniente representa um êxito feliz, uma grande glória.


O conselho estratégico

O homem nobre consulta superiores e inferiores e assim fortalece as aspirações do povo.

Interpretação

Quando estão face a face seres, grupos ou condições desiguais na força e no poder, a saída que evita confrontos destrutivos está em estabelecer uma justa mediação. Distinguir, consultar, moderar superiores e inferiores levará a uma hierarquia justa das partes.
Isso vale tanto para os acontecimentos na vida exterior, como para o mundo interno, quando diferentes motivações avançam pela mesma trilha.


dedicado por Sarah Helena * 1:53 AM
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[Wednesday, May 19, 2004]

Eu já fui orgulhosa nos caminhos da Deusa. Era filha de �rtemis, era a própria fúria, tinha orgulho de ser assim, uma donzela caçadora. Eu não dava valor para nada que não dissesse respeito a magia ou aprendizado. Tinha aquele ar que todos os que vivem intoxicados pela divindade tem. Dominava minha mente com facilidade, meditava horas por dia, e obviamente, como todo mundo que tem quatorze anos, tinha cocô na cabeça. Fazia umas coisas no mínimo estúpidas, e como tinha muita facilidade com o caminho queria fazer mil coisas ao mesmo tempo e não me dedicava direito à metade delas. Eu poderia ter ido muito mais longe, se fosse mais disciplinada.

Mas o tempo passou. Por breves momentos eu trilhei os caminhos de Deméter. Mas esse é o caminho do meu desejo, não o caminho que Ela quer para mim, e embora eu tenha tido que aprender do modo mais doloroso, Ela sabe o que é melhor. Eu tive até meu período de blasfêmia até compreender que não deveria me revoltar contra mim e que devia ignorar as besteiras que me dissessem, e que a Deusa não faz as coisas à toa. Mas que tudo acontece da melhor forma.

Meus são os caminhos de Hecate, Senhora da Morte, da Escuridão e dos Caminhos. Aquela que abre as portas e ensina a sabedoria, a Velha. Caminhei nas trevas às vezes, e sabe, eu gostei. Porque não é a escuridão do mal que os monoteistas enxergam, mas a escuridão do útero, a escuridão da noite que gera a manhã, a escuridão da entrega dos amantes quando silenciam e fecham seus olhos. A Guardiã dos caminhos tem me guiado, e para falar a verdade, eu não entendo metade do que ela quer para mim. As vezes, sinto seus olhos sobre mim, e não consigo compreender se desaprovam ou aprovam meus atos. E as vezes, ela me testa de maneiras quase cruéis. Mas ela me ensina e me trás força, e guia meus passos e me ensina o mundo. Sou mais serena agora, e consigo olhar o mundo com menos raiva. Vejo através do manto da velha, embora minha pouca idade confunda as pessoas, meu espírito é velho, e o caminho d'Ela é o mais certo para mim.

Faz muito tempo que a Velha me escolheu. E a cada vida eu retorno para Ela. E ela tem uma dádiva para mim, que poucos compreenderiam... porque eu mesma só tenho um vislumbre disso...



dedicado por Sarah Helena * 1:46 AM
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A Deusa tem estranhos caminhos para aqueles que chama de seus filhos. O caminho da Fé não tem nada de fácil. Não é ficar parado sentado em um banco de igreja rezando. É ir lá e dar a cara a tapa, se envolver de verdade. Se você é cristão, significa não simplesmente dar o dízimo, mas se preocupar para onde vai o dinheiro. Significa não só ir na missa, mas ajudar a lavar a igreja. Se você é budista significa cuidar de seus monges, e meditar profundamente. Se você é hindu, aprender os pujas e ir servir no templo, e lutar pela despoluição do Ganges.

Mas embora eu tenha me aproximado desses três caminhos na minha vida, eu recebi um outro chamado. Um chamado mais primitivo, talvez. Um caminho antigo, pintado de vermelho e ocre, que fala de conchas, pedras, chamas, oferendas debaixo de árvores, dança e tambor. Uso de ervas que alteram a consciência, nomes de Deuses que as pessoas fngem ter esquecido, poderes difíceis de explicar, feitiços e amuletos.

Eu sou uma bruxa. Não tenho verruga no nariz, não faço feitiços para amarrar as pessoas. Não jogo pragas e maldições. Não invoco demônios.

Mas eu faço remédios a base de ervas. Eu leio as cartas quando me pedem aconselhamento. Eu invoco Deuses que protegem as pessoas que eu amo, e afastam de mim meus inimigos. Eu ando com uma imagem de uma Deusa da fertilidade no pescoço, eu faço rituais pela passagem das estações.

Me tornei sacerdotiza da Deusa por duas vezes. Uma, dentro do caminho mais "hereditário", intuitivo e natural que voltei a seguir faz algum tempo, a outra pela wicca (mas eu fiquei de saco cheio da wicca, um dia desses posto sobre isso).

Mas eu fui aprendendo que fé é um caminho do dia a dia. Não adianta eu ter um altar ou não ter. Meu altar deve ser minha mente, meus atos devem ser meus rituais.

Esse é o Caminho da Deusa, não o único, mas o meu caminho, entre os infinitos caminhos que existem.


dedicado por Sarah Helena * 1:18 AM
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Dificuldade inicial seguida de sublime sucesso.
A perseverança na direção correta traz recompensas.
Não é o momento de procurar novos objetivos,
mas de consolidar a posição atual.
O segredo está em organizar e fortalecer
o que temos em mãos.




A Dificuldade Inicial


O oráculo

Dificuldade seguida de sublime sucesso.
A perseverança na direção correta traz recompensas.
Não procure novos objetivos.
É vantajoso consolidar a posição atual.

Interpretação

O hexagrama fala do nascimento e crescimento em meio a dificuldades, como acontece com uma semente até se transformar em planta. A germinação da semente, o nascimento de um novo ser, o começo de um projeto original. Sempre apresentam dificuldades iniciais. No plano humano, igualmente, é necessário fazer face às incertezas e aos conflitos de interesses. Mas o momento é ideal para a construção do futuro, e o oráculo assegura as condições para o êxito.
A coragem e a convicção interior são indispensáveis para sustentar as iniciativas e para dar orientação diante de direções confusas. Nossos negócios, quando se encontram nos primeiros estágios, são vulneráveis e exigem cuidados especiais. Nos momentos de impasse, o melhor é consolidar a experiência e reforçar a confiança.
A determinação de seguir uma direção correta promete grandes recompensas. Um dos riscos que espreitam a germinação do novo é o de dispersarmos nossas forças ao tatear às cegas em propósitos incoerentes. Outro erro é realizar movimentos prematuros, impulsivos, que podem trazer resultados opostos ao desejado.
É favorável consolidar o que já foi conquistado até agora. Caso estejamos sendo abandonados pelos aliados, é importante encontrar novas parcerias, aguardando o momento propício para reiniciar o caminho do crescimento. Quem se aproxima do ponto alto de realização deve buscar associações, para fortalecer o espaço conquistado e garantir a permanência no ponto de equilíbrio.


O conselho estratégico

O homem nobre se ocupa em colocar as coisas em ordem.

Interpretação

Nos momentos iniciais, em que surgem dificuldades, a conduta mais sábia é a de dar estrutura e ordem à profusão de elementos disponíveis, do mesmo modo que, para tecer de modo adequado, temos primeiro que desembaraçar os fios, juntando-os em meadas.
Se respeitarmos os presságios, nosso sucesso estará assegurado.


dedicado por Sarah Helena * 12:51 AM
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